As dietas de hoje e no tempo das cavernas

As dietas de hoje e no tempo das cavernas

Novembro 2011

É inevitavel e necessária a preocupação e cuidado com a nossa alimentação. A alimentação funcional é cada vez mais uma realidade. O acesso aos alimentos esta cada vez mais fácil e barato. Já é comum nem precisar irmos ao supermercado, basta ligar o computador ou telefone e pedir. Junto com essas facilidade apareceram alguns problemas já bastante conhecidos: obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Vamos entender um pouco de nossa dieta atual olhando para nossa dieta no passado. Bem passado…

Como era o cardápio de nossos ancestrais Paleolíticos?

cavernas“O homem e a mulher paleolíticos morriam mais cedo mas não morriam de má nutrição.” Afirma o Prof. Mark Thomas da University College of London com excessão daqueles que morriam pela ingestão de alimentos tóxicos que ainda não conhecidos como tal.

Mirtilo(Blueberry), raizes comestíveis e castanhas no café da manhã, aves selvagens para o almoço e pão de cereais para o jantar. Esta poderia ser nossa dieta diária atual caso tivessemos acesso rotineiro a esses ingredientes pois seria a dieta idêntica aos nossos ancestrais da era Paleolítica de 2.5 milhões a 12.000 anos atras. O que nossos ancestrais comeram determinou como nosso sistema digestivo funciona hoje. Os últimos 10.000 anos de agricultura ainda não foram suficientes para modificar nosso sistema digestivo. Talvez já tenha facilitado alguma pequena adaptação para que pudessemos melhor digerir leite de vaca para a maioria da população, alimento que nossos ancestrais não conseguiam metabolizar. Mas paramos por ai pois todo nosso metabolismo é o mesmo desde nossos ancestrais vivendo nas savanas africanas. Isso encorajou um grupo de nutricionistas da empresa Unilever a recriar a dieta de nossos ancestrais. A “Equipe da Dieta do Homen das Cavernas” esta buscando saber se podemos retornar a uma alimentação original e caso seja possível se isso ajudaria nossas futuras gerações a serem mais saudáveis. A resposta se mostrou muito mais difícil do que se pensava. “ O grande trunfo da dieta Paleolítica foi uma imensa variedade de plantas” afirma o lider da equipe Dr. Mark Berry. “ Hoje em dia nós tentamos injerir de três a cinco porções de frutas e vegetais por dia. Nossos ancestrais comiam de 20 a 25 tipos diferentes de plantas por dia”. Ao contrário do que pensamos, nossos ancestrais Paleolíticos não eram carnívoros inveterados caçando mamutes e tigres-de-dente-de-sabre, na verdade eles eram uma espécie de onívoros (carne e vegetais) mas com dieta quase que exclusivamente de vegetais. Muitos estudos genéticos, botânicos e nutricionais provaram que a alimentação de nossos ancestrais era basicamente vegetais, frutas,castanhas e raizes. Carne era ‘luxo”. A carne em sua maioria era proveniente de restos de animais caçados por predadores. Importante exclarecer que esses restos eram relativamente frescos comprovação de que nosso sistema olfativo e digestivo não esta adaptado para carne em decomposição.

O cardápio do HomoSapiens

Já mais atual esse cardápio foi suplementado por cereais nativos, ervas e peixe. Mas ainda consistindo principalmente de plantas e muitissímo menor quantidade de carboidratos e gorduras do que nossa alimentação atual. Nossos antepasados se alimentavam de 100 a 200 tipos diferentes de plantas, ainda hoje algumas tribos mantem essa variedades de consumo. A vida urbana reduziu essa quantidade para 10 a 20 tipos de vegetais. Séculos de desenvolvimento da agricultura tiveram como único objetivo tornar nossa vidas mais fácil, por isso a agricultura naturalmente eliminou de nossa dieta os vegetais difíceis de processar e comer. Trocamos por exemplo vegetais com mais fibras, excelentes para o funcionamento de nosso intestino por vegetais que tenham sabor mais agradavel e uma natural seleção por mais adocicados.

Para que os cientistas da equipe da busca pela dieta da cavernas consigam seu intento deverão buscar os alimentos que remontam a era pré-agricultura. “Esperamos destravar os segredos da alimentação do passado e para isso, estamos buscando os ingredientes chaves da dieta paleolítica que trarão com certeza benefícios nutricionais para nós e nossas futuras gerações”. Diz o Dr. Berry.

A obesidade no mundo somente se tornou um problema quando os processos de moagem do trigo tornaram o pão branco barato pra todo mundo e quando os processos de açucar se fizeram mais eficientes. O fato de gostarmos do sabor da gordura assada ou grelhada é uma remanescência evolucionária para garantirmos horas a fio sem alimento e em movimento naquele tempo. Com nosso estilo de vida atual isso é desnecessário por isso é tão importante a busca de uma nutrição mais adequada para nossos estilo de vida. Temos o conhecimento para saber para onde vamos e o que queremos de nossa saúde e conhecer nossos ante-passados seguramente nos ajudará a responder muitas perguntas.

Artigo: A look back in time – revista Kaleidoscope – Karolina Sawick edição 10/2011 – Ilustrações de Adam Pekaski

Por: Luis Henrique da Costa – Pharma Aroma

Óleo de coco pode reduzir gordura

ÓLEO DE COCO PODE REDUZIR GORDURA

oleo_de_cocoOs benefícios associados ao consumo do “óleo de coco” são reconhecidos e valorizados pela Medicina Ayurveda na Índia
há quase três mil anos. Em sânscrito, o coqueiro é chamado de “kalpa vriksha”, que significa “árvore que fornece tudo que é necessário para a vida”.

O óleo de coco é comumente dividido em duas amplas categorias: refinado e virgem. O óleo refinado é tipicamente obtido do coco seco, chamado de copra. O óleo de coco virgem é obtido a partir de cocos frescos. Como elevadas temperaturas e solventes químicos não são empregados, o óleo virgem mantém seus fitoquímicos naturais, responsáveis pelos seus suaves sabor e aroma. Estudos com óleo de coco virgem, demonstraram efeitos benéficos significantemente nos seguintes parâmetros:

• Redução dos níveis de colesterol total, fosfolipídeos e LDL-c;

• Aumento nos níveis tissulares e séricos de HDL-c;

• Efeito antitrombótico, avaliado através de dosagens de fibrina, fibrinogênio, fator V, 6-ketoPGF1α e tempo de protrombina;

• Ação antioxidante: o óleo de coco virgem promoveu redução da peroxidação lipídica tanto in vitro como in vivo.

Os autores concluíram que os antioxidantes presentes no óleo de coco virgem foram responsáveis pelas diferenças obtidas.

Propriedades Termogênicas

Em média, 2/3 dos ácidos graxos do óleo de coco são triglicerídeos de cadeia média (TCM). Após absorção intestinal, os TCM são transportados diretamente para o fígado, através do sistema porta, onde são beta-oxidados aumentando a termogênese pós-prandial. Alguns autores também propõem que a administração de TCM possa
modular a ação da grelina, indicando um outro efeito metabólico importante no combate à redução de peso corporal. A quantidade de TCM empregada nesses estudos varia desde 10g/dia até 48g/dia. Um estudo realizado na Escola de Nutrição e Dietética Universidade de McGill, no Canadá, que avaliou o gasto energético e a composição corporal de 24 homens com IMC entre 25-31 kg/m2, através de calorimetria indireta e de ressonância magnética nuclear, verificou que o consumo de uma dieta rica em TCM
durante 28 dias reduz a gordura abdominal em homens, possivelmente devido ao aumento do gasto energético, somado a um efeito sacietógeno. Um trabalho recente conduzido no Centro de Pesquisa de Obesidade e na Universidade de Columbia, em Nova York, avaliou a perda de peso corporal e a redução da massa gorda total e abdominal em 49 indivíduos submetidos a um programa alimentar de redução de peso, que consumiram azeite de oliva ou TCM, como parte de suas dietas. O consumo de TCM resultou em maior perda de peso e maior redução de gordura em relação ao azeite de oliva. Hormônios incluindo a colecistoquinina, peptídeo YY, peptídeo inibitório intestinal, neurotensina e polipeptídeo pancreático, têm sido propostos como agentes atuantes nos mecanismos pelos quais os TCM induzem à saciedade. Uma pesquisa realizada por Guo e colaboradores verificou que culturas de adipócitos tratados com ácido caprílico obtiveram uma inativação do PPAR.

O óleo de coco virgem pode ser utilizado em cápsulas bem como tempero de saladas, adicionado a “shakes”, misturado em granola, iogurte,
salada de frutas, etc. Pode também substituir os outros óleos utilizados na cozinha ou ser empregado em qualquer outro preparo culinário idealizado pelo
consumidor. Pode-se também, tomar direto da colher, após as refeições.

Referências Bibliograficas:

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2.KABARA, J.J. Health oils from the tree of life.

3.NEVIN, K.G.; RAJAMOHAN, T. Virgin coconut oil supplemented diet increases the
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5.DEPARTMENT OF AGRICULTURE. PHILIPPINE COCONUT AUTHORITY. Coconut – Tree of
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9.GUO, W.; XIE, W.; HAN, J. Modulation of adipocyte lipogenesis by octanoate:
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10. NISHI, Y.; HIEJIMA, H.; HOSODA, H. et
al. Ingested
Medium-Chain Fatty Acids Are Directly Utilized for the Acyl Modification of
Ghrelin. Endocrinology; 146: 2255–2264, 2005.

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