Entendendo a Força Vital

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O PRINCÍPIO DA FORÇA VITAL

Hahnemann tinha dificuldade de entender como agiam os medicamentos. Havia
descoberto que quanto mais alto fosse o nível de dinamização ou potência do remédio,
mais eficaz seria a cura. Ele argumentava que devia haver algum tipo de energia sutil
dentro do corpo que reage às minúsculas provocações dos medicamentos, habilitando-o
a se curar sozinho. Hahnemann chamava essa energia de “força vital”. E a força ou energia
responsável pelo funcionamento saudável do corpo, coordenando suas defesas contra a doença.
Quando essa força era perturbada pelo estresse, por uma dieta pobre, pela falta de exercícios,
por problemas hereditários ou mudanças ambientais, a conseqüência era a doença. Os sintomas
de uma doença são a manifestação externa da tentativa da força vital de compensar o desequilíbrio
e restabelecer a ordem. O conceito da força vital também é reconhecido pela medicina ortodoxa
como o poder de cura do próprio corpo. Contudo, a medicina tradicional atribui menos importância à
força vital do que a homeopatia, para a qual ela é um conceito fundamental para a compreensão
de como os medicamentos funcionam e como as pessoas se recuperam das doenças.
DOENÇAS AGUDAS E CRÓNICAS

Os homeopatas classificam as doenças como agudas ou crônicas. Numa enfermidade aguda,
restrita, como o resfriado, a pessoa adoece rapidamente, a doença percorre seu trajeto e depois
desaparece sozinha, com ou sem tratamento. Na doença crônica, pelo contrário, a enfermidade é
contínua ou intermitente; exemplos disso são as infecções intermitentes ou doenças degenerativas,
como a artrite. Embora haja uma série de pequenas vitórias e derrotas da força vital, e às recaídas
siga-se um abrandamento do quadro, a tendência geral da saúde é descendente. Os medicamentos
homeopáticos ajudam a acelerar a recuperação estimulando a força vital, que, embora
temporariamente afetada, é mais do que capaz de se restabelecer. Os medicamentos abastecem
a força vital de energia, para que ela livre o corpo da doença, ajudando-o a retornar ao estado
saudável. Para garantir que a força vital reaja da maneira mais eficiente, os homeopatas precisam escolher
uma medicação que combine da forma mais exata possível o quadro de sintomas. E por isso que a avaliação
homeopática leva em conta o caráter da pessoa, os níveis de estresse, o estilo de vida, o nível de exercícios,
a dieta, as preferências alimentares, o histórico médico familiar e os efeitos de fatores gerais, como o clima,
resultando, assim, num quadro exclusivo de sintomas. Localizar com precisão os pontos fortes e fracos do
indivíduo permite ao homeopata prescrever o melhor medicamento e a potência adequada.

MIASMAS

Hahnemann observou que algumas pessoas, propensas a enfermidades agudas freqüentes, pareciam
estar sempre apresentando novos sintomas, nunca gozando de perfeita saúde. Concluiu que devia haver
uma fraqueza arraigada, ou “miasma”, que bloqueava os medicamentos. Na homeopatia, miasma é o efeito
crônico de uma doença oculta, que esteve presente em gerações anteriores ou em um indivíduo.

Fonte: Editora Ática: Dr.Andrew Lockie & Nicola Geddes – Guia Completo de Homeopatia – Princípios & Métodos